segunda-feira, 18 de abril de 2016

Universo Cinemático Marvel (MCU)


Universo cinemático. Que ave rara é esta? Que El Dorado é este que todos os grandes estúdios e distribuidoras parecem perseguir raivosamente, denotando em muitos casos um desespero de recuperar terreno e raiando noutros o ridículo. Que ideia revolucionária foi esta da Marvel que mudou a maneira de pensar e planear os filmes blockbuster? A verdade é que a ideia de universos partilhados não tem nada de original. Já existe há anos na literatura e a própria Marvel, bem como a DC a praticam há décadas nas suas publicações. Mesmo no cinema já existiam exemplos disto mesmo. Ocorre-me de repente o caso dos filmes Alien vs Predator ou dos filmes do Kevin Smith. Porque é que foi então a MCU revolucionária? A resposta resume-se a dois pontos: a intencionalidade e o sucesso comercial.

Quem vê o primeiro filme da MCU - Iron Man - e fica para ver o teaser pós-créditos, constata que foi sempre intenção da Marvel construir um universo partilhado nos seus filmes, pegarem no conceito básico que praticam nos comics há mais de 30 anos e adaptarem para o grande ecrã. Foi planeado assim de raíz, pelo menos em intenção e essa intenção inicial é o único factor inovador em toda esta história. O outro factor que despoletou a corrida aos universos partilhados foi o retumbante sucesso comercial do filme Avengers, que representou o primeiro culminar desses planos, juntando finalmente os protagonistas dos respectivos filmes individuais (Iron Man, Hulk, Captain America, Thor e mais alguns personagens) no mesmo filme, partilhando o mesmo espaço e fundindo as histórias individuais numa história global mais abrangente. Foi a loucura e alterou visivelmente a forma como hoje são planeados alguns projectos cinematográficos, para o bem ou para o mal. Não sei se será uma moda que acabará depressa como aconteceu com o 3D, mas inclino-me mais para a sua longevidade, pelas mesmas razões que levam leitores a comprarem as aventuras dos mesmos personagens por 30-60 anos. É uma enorme soap opera cativante e viciante. Falo por experiência própria como leitor inveterado desta forma de entretenimento há já muitos anos.


 No final deste mês de Abril estreia em Portugal o novo filme da Marvel - Captain America: Civil War - que já recebeu uma chuva de elogios pela esmagadora maioria da crítica que teve acesso a screenings avançados, elevando estupidamente as minhas já elevadas expectativas. 

Curiosamente, apesar de gostar bastante da maioria dos filmes deste universo, constatei que só vi cada um deles apenas uma vez, pelo que decidi que a estreia do Civil War era uma boa altura para revisitar todos os filmes (serão 11 os que tenho acesso) antes da estreia deste último e ver como se aguentam passado algum tempo, bem como verificar até que ponto é que a consistência das histórias e do universo construído se mantém. Vão ser uns dias preenchidos.


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