sexta-feira, 24 de junho de 2016

Finding Dory


Argumento: Dory, a adorável sidekick com problemas de memória do Finding Nemo está de volta e desta vez é ela a protagonista principal, nesta aventura que a leva juntamente com Nemo e Marlin à procura dos seus pais, dos quais se viu separada durante a sua infância.

Aviso: Os níveis de doçura de uma Dory criança podem causar diabetes
Gostei:
- Finding Nemo é para mim um dos melhores filmes da Pixar, e consequentemente um dos melhores filmes de animação de sempre, pelo que qualquer sequela do mesmo terá sempre uma fasquia extremamente elevada a atingir. Está Finding Dory ao mesmo nível do seu antecessor? Honestamente penso que não, mas não deixa mesmo assim de ser um filme agradável, que pega no trio de personagens do primeiro filme e inverte o seu protagonismo com bastante sucesso, não esquecendo de introduzir uma série de novos personagens memoráveis, expandindo o seu universo. Resumindo, foi um prazer visionar a mais recente obra do estúdio.
- Os filmes da Pixar geralmente apresentam sempre antes do filme propriamente dito, uma curta-metragem de animação de qualidade variável. Piper é a curta associada a este filme e é um dos melhores da Pixar. Um excelente aperitivo antes da refeição principal. Não me importava de ver uma longa metragem baseada neste personagem.
- A animação é mais uma vez impecável. O mundo submarino que nos fascinou no primeiro filme continua presente e é visualmente impressionante. Dito isto, o filme tem várias sequências fora deste elemento o que altera perceptivelmente o visual, o que porventura poderá levar algumas pessoas a achar que esta sequela não é tão bela como o primeiro.
- São apresentados novos personagens que achei muito engraçados. Destes há um que claramente se destaca - Hank o polvo. Absolutamente delicioso e com um tremendo potencial. Cheira-me a Finding Hank no futuro.


Não Gostei:
- Ok, vou ser um bocadinho mesquinho aqui. A maneira como o filme gere a memória de Dory é bastante inconsistente. A perda de memória da personagem é confessamente problemática se pensarmos um bocadito.
- Existem alguns aspectos menos conseguidos no argumento e acção, mas na realidade o maior defeito do filme é que não é tão bom como o Finding Nemo. Se não tiverem essa expectativa, mais fácil perdoarão estas pequenas falhas.


Recomendação:

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Sing Street


Argumento: um adolescente Irlandês em Dublin durante os anos 80 é transferido de uma escola privada para uma pública devido a dificuldades financeiras da família. A adaptação não é fácil e parece insuportável, mas as coisas mudam quando ele decide formar uma banda de forma a impressionar uma rapariga. O que começa como um simples esquema para conquistar uma miúda, torna-se lentamente em algo mais, uma catarse que lhe permite expressar as suas emoções sobre o que o rodeia e afecta a sua vida através da música, o que provavelmente não aconteceria de outro modo. 


Gostei:
- John Carney surpreendeu-me completamente com 'Once'. Não sou grande fã de filmes musicais mas adorei aquele filme e a forma como o realizador desconstruiu o género e executou uma verdadeira ode à música. Quando as críticas positivas começaram a chover abundantemente sobre este seu novo trabalho, não podia deixar de me entusiasmar. E com razão. O filme tem uma história simples mas com um charme quase irresistível, boas interpretações de quase todos os envolvidos (com uma notável excepção), e se como eu for da geração que foi adolescente nos anos 80, então o factor nostalgia vai bater mesmo muito forte. 
- Não só ouvimos grandes clássicos musicais daquele tempo, como as canções originais compostas pela banda são também muito boas, com excelentes letras.
- Relação entre o personagem principal e o seu irmão mais velho, muito bem desempenhado por Jack Reynor.


Não Gostei:
- Actor principal. Ferdia Walsh-Peelo tem aqui o seu primeiro papel como actor, e infelizmente para mim isso é notório. É claramente o elo fraco do elenco, achei-o pouco convincente por vezes e sem carisma suficiente para carregar com o filme, de tal modo que acaba por estragar a minha experiência no cinema, que de outro modo funcionaria maravilhosamente. Mas nem tudo é culpa do actor, pois existe também alguma inconsistência da personagem ao nível do argumento. Pura e simplesmente não acredito nalgumas acções que a personagem toma esporádicamente ao longo da história. 
- Gostaria de ver mais tempo ser concedido para desenvolver um pouco mais os outros membros da banda, mas este é um detalhe menor. O filme funciona bem na mesma sem esses extras. 


Recomendação: Pessoalmente tive um problema com o actor/personagem principal, mas pode ser que outros não tenham, pelo que nesse caso recomendo vivamente o filme.

segunda-feira, 13 de junho de 2016

The Conjuring 2


Argumento: Ed e Lorraine Warren (Patrick Wilson e Vera Farmiga), o casal de investigadores do paranormal estão de volta. Desta vez deslocam-se a Inglaterra a pedido da Igreja para investigar um possível caso de assombração de uma moradia nos arredores de Londres.


Gostei:
- Esta sequela não é tão forte como o primeiro filme, mas ainda assim é um bom exemplo do género. Definitivamente a ver para os aficionados de horror. James Wan não desilude, mantendo o filme a um bom ritmo e com um ambiente tenso ao longo de toda a duração, que aliado à sensação claustrofóbica resultante da forma como as cenas no interior da casa são filmadas, fazem desta sequela mais uma obra relevante no currículo deste realizador.
Patrick Wilson e Vera Farmiga são convincentes como casal como já o tinham sido no filme original.
- Excelentes interpretações de todos, incluindos os miúdos, o que pode por vezes ser problemático e elenco secundário. Frances O'Connor destaca-se como a mãe. 
- Entidade sobrenatural visualmente memorável.


Não Gostei:
- As motivações ou as razões da entidade que assombra a casa e a familia, ou as motivações que o ligam ao casal Warren, não são muito bem delineados. Após o filme acabar e se pensarmos um pouco, existem muitos elementos e questões que não fazem muito sentido ou são pouco claros.
- Algum desiquilibrio na forma como o filme foca os diversos elementos da familia londrina. A uma determinada altura pensava que eram só quatro pessoas e não cinco tal a omissão de uma delas na história. 


Recomendação: