segunda-feira, 4 de julho de 2016

Equals


Argumento: Após uma guerra mundial que quase extinguiu a humanidade, esta reergueu-se das cinzas e evoluiu para uma sociedade chamada Colectivo em que as emoções humanas são suprimidas geneticamente e não existem a não ser como sintoma de uma patologia sem cura - S.O.S. - Switch On Syndrome. É o que acontece ao protagonista Silas (Nicholas Hoult), um ilustrador numa revista/publicação que se vê de repente assolado por pesadelos e sentimentos com os quais tem dificuldade em lidar, nomeadamente os que passa a nutrir por uma colega de trabalho (Kristen Stewart) que ele suspeita também padecer da mesma doença.


Gostei:
- Conceitos interessantes. A história tinha potencial para mais, mas mesmo assim o filme consegue captar e estimular a imaginação, mesmo que não satisfaça plenamente como filme.
- Identidade visual. Apesar de abusar dos brancos (sério, quase tudo nesta sociedade tem a cor branca), os cenários, equipamento e arquitectura são visualmente belos. Em termos de design o filme é realmente memorável.


Não Gostei:
- Não sou daqueles fanáticos anti-Kristen Stewart. Já vi alguns filmes com ela onde gostei do seu desempenho, o último dos quais foi o Clouds of Sils Maria, mas este filme vai servir de certeza de combustível para os seus detractores. E com alguma razão. Obviamente que é dificil para qualquer actor conseguir transmitir emoções quando supostamente não o pode ou deve fazer como parte do argumento, mas mesmo assim Nicholas Hoult consegue-o de forma limitada. Há uma certa intensidade no seu olhar que funciona. Nos olhos da Kristen não há lá nada. Apenas um enorme vazio emocional. Poder-se-ia afirmar que no caso da actriz ela foi demasiado eficiente, mas penso que não foi realmente o caso de excelência de desempenho. Como consequência disto, a relação romântica entre os protagonistas nunca é convincente. Ao invés de um par apaixonado nascido de sentimento, temos uma parelha formada apenas por falta de opções disponíveis.


- Apesar dos conceitos interessantes, o filme nunca atinge o potencial que a história possui. Isso é exemplificado quando a determinada altura o filme nos atira com um twist intrigante em termos de potencial de argumento e pouco ou nada faz com ele. O mesmo se aplica a alguns personagens secundários como Guy Pearce, Bel Powley ou Jacki Weaver que são completamente desaproveitados na minha opinião.

Recomendação: Apesar das falhas, ainda acho que é um filme merecedor de um visionamento. É insatisfatório, mas fica na memória.

5 comentários:

  1. Eu adorei, amei este filme. Foi dos que mais gostei este ano.
    Eu acho que a Stewart é ideal mesmo pela expressão dela que é sempre a mesma...

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    1. Fico contente de teres gostado tanto deste filme. Eu também queria. Achei o mundo que apresenta estimulante, mas queria mais dele e achei sempre a relação entre os dois protagonistas algo insatisfatória. É pena pois o filme é realmente inesquecível. Sabes, acho que daria uma excelente mini-série de televisão, que com mais tempo permitiria desenvolver mais este mundo e personagens.

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    2. Tirando o "The Revenant", penso que foi o filme que mais gostei este ano...
      Não tenho ido ao blog porque criei um canal no youtube :)

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    3. qual é o endereço do teu canal?

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    4. Aí vai: https://www.youtube.com/channel/UC5UaYJ-pXWN7oCfmD48cIbQ?view_as=public

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