Argumento: Após sobreviver a uma dramática queda de um voo comercial, Max (Jeff Bridges) parece incrivelmente bem ajustado ao trauma, comportando-se como se nada o pudesse afectar e apreciando a vida como nunca o fizera anteriormente. O psiquiatra da companhia aérea que o tenta acompanhar pede-lhe ajuda com Carla (Rosie Perez) outra sobrevivente da queda do avião que se encontra num estado de depressão ligado a um profundo sentimento de culpa pela morte do seu bebé no acidente.
Gostei:
- Um dos meus filmes favoritos de 1993, que representava mais uma enorme lacuna na minha colecção. Não o via desde os anos 90 e continua tão potente como o lembrava.
- Forte argumento de Rafael Yglesias baseado num romance seu.
- Excelente realização de Peter Weir que consegue obter interpretações memoráveis do elenco, onde se destaca claramente a Rosie Perez que foi aqui inclusivamente nomeada para óscar de melhor actriz secundária perdendo para Anna Paquin em Piano, uma injustiça a meu ver. Jeff Bridges está muito bem como protagonista mas para mim a verdadeira estrela do filme é esta actriz que praticamente desapareceu de cena antes do final dos anos 90 quando parecia destinada ao estrelato. Vejo no imdb que continua a trabalhar até hoje mas não a vejo em nada de relevante desde tempos idos. Provavelmente um caso de necessidade de melhor agente. De qualquer forma, só pelo seu desempenho vale a pena ver este filme sobre stress pós-traumático.
- Os flashbacks funcionam muito bem. A cena final onde revivemos pela primeira vez os momentos finais da queda do avião em paralelo com o que ocorre com o protagonista no presente e com a música a tocar de fundo é excelente. O acidente forma assim um par de ampara livros, iniciando e fechando o filme de uma forma muito forte e eficaz.
- Os morangos. Existe uma explicação plausível (científica) para os mesmos mas também gosto da interpretação alternativa que algumas pessoas fizeram sobre os mesmos, nomeadamente a leitura metafísica que fazem deste elemento do argumento.
Não Gostei:
- a cena final com a reacção alergica é demasiado irrealista. Do ponto de vista dramático funciona bem, mas para quem tem um mínimo de conhecimento fisiológico ou médico é absurda.
Curiosidades:
- O realizador Peter Weir afirmou que com este filme perdeu o medo de viajar de avião (não sei como).
- Baseado num acidente real de aviação.
Recomendação:
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