Argumento: Após ter sido abandonada pelo seu marido por outra mulher, as amigas de Sylvia decidem começar um clube de leitura das obras de Jane Austen, da qual Sylvia é fã, de forma a obrigar a sua amiga a pensar noutras coisas que não o fim do seu casamento. Assim todos os meses reunem-se para discutir um dos livros, Sylvia (Amy Brenneman), Bernadette (Kathy Baker) a amiga divorciada 6 vezes, Jocelyn (Maria Bello) a amiga criadora de caninos solteira, aos quais se juntam Allegra (Maggie Grace) a filha lésbica de Sylvia, Prudie (Emily Blunt) uma professora cujo casamento também atravessa dificuldades e Grigg (Hugh Dancy) um homem mais novo com quem Jocelyn trava conhecimento e que recruta para o clube com o intuito de fomentar um romance entre ele e Sylvia.
Gostei:
- Apanhei este filme na televisão e sem dar por isso não conseguia tirar os olhos do ecrã. Tem um excelente elenco com algumas das minhas actrizes favoritas, nomeadamente Maria Bello e Emily Blunt. Hugh Dancy funciona muito bem como o elemento masculino do grupo que concerteza fará suspirar muitos corações femininos. O seu personagem será porventura um ideal masculino que assola os sonhos e fantasias de muitas mulheres (jovem, bonito, atlético, rico, sensível...) que são sem dúvida o público alvo preferencial deste filme. Aliás penso que neste caso o facto do filme ter sido escrito e realizado por uma mulher - Robin Swicord, faz realmente a diferença.
- Não é necessário conhecer as obras de Jane Austen para desfrutar do filme. Eu próprio nunca li os seus romances embora conheça algumas das adaptações cinematográficas da sua obra, e não me impediu de apreciar o filme. No entanto suspeito que um conhecimento mais profundo dos livros ofereça uma dimensão extra à história, até porque é notório que o filme faz uma série de comparações entre as personagens e relações presentes nos livros com o que decorre no filme.
- Gostei imenso da personagem de Grigg pelo simples facto de ele, tal como eu, ser adepto de romances de ficção científica, um género literário que tem sofrido ao longo dos anos de um enorme estigma, o de ser visto como um género menor. É enternecedor vê-lo tentar iniciar uma colega do clube de leitura nesse tipo de obras.
- Apesar das falhas óbvias, é um filme prazenteiro, cujo único objectivo real é oferecer conforto e um escape da realidade de hora e meia. Esse objectivo é atingido com sucesso devido ao excelento elenco reunido que confere carisma e personalidade a um argumento bem escrito, embora a história em si seja fraquinha.
Não Gostei:
- Mesmo para um filme que é basicamente uma forma de escapismo de uma mais dura realidade, certos desfechos de algumas relações são altamente irrealistas, principalmente no caso de Prudie.
- O filme é extremamente previsível. Menciono isto aqui no caso de ser um factor que irrite profundamente quem quer que esteja a ler este post, não tanto por considerar exactamente um ponto negativo pois não é isso que o filme pretende oferecer. Eu olho para este filme como um cobertor quentinho a ser usado numa fria noite de Inverno. Confortante, e portanto a imprevisibilidade não é propriamente um elemento muito necessário.
Recomendação: Nada de extraordinário, mas torna-se facilmente um guilty pleasure.