sexta-feira, 13 de maio de 2016

Nadie quiere la noche


Argumento: Josephine Peary (Juliette Binoche) é a esposa do aventureiro/explorador Robert Peary que busca atingir o Pólo Norte. Decidida a não esperar mais tempo até o seu regresso, inicia a viagem até a um posto avançado da expedição e aí aguardar o seu regresso triumfante. A viagem é repleta de perigos mas a estadia poderá ser ainda mais difícil quando o Inverno polar se aproxima rápidamente. Porém o maior desafio será porventura a relação com a mulher Inuit Allaka (Rinko Kikuchi) que com ela permanece por razões próprias. As duas mulheres terão que ajudar-se mutuamente se quiserem sobreviver apesar dos factos que conspiram para as separar.


Gostei:
- Rinko Kikuchi como Allaka. É claramente a bóia de salvação do filme.
- As paisagens do Ártico e a sobrevivência neste meio agreste.

Não Gostei:
- Sou fã da realizadora Isabel Coixet. Gosto imenso de alguns filmes dela como 'Cosas que nunca te dije', 'My Life Without Me', 'The Secret Life of Words' ou 'Map of the Sounds of Tokyo'. São filmes que me cativam completamente durante o visionamento conseguindo por vezes serem emocionalmente devastadores. Esta última obra da realizadora tinha tudo para conseguir o mesmo efeito. No papel deveria funcionar pois todos os elementos estão lá, mas de alguma forma os mesmos não clicam juntos. Talvez o elemento que estraga o conjunto tenha sido o casting da Juliette Binoche que honestamente não funciona para mim e que me impede de me envolver na história da maneira que merecia. Isso ou a forma como Coixet decidiu contar a história quase exclusivamente do ponto de vista de uma personagem pouco simpática e difícil de empatizarmos. Admito que Coixet pretendia fazer justiça à personagem real, mas penso que o filme teria funcionado melhor se tivesse dado igual peso à personagem da Allaka e tivesse sido mais honesta no tratamento do povo Inuit pelos Peary. Resumindo, a alma do filme está na relação entre as duas mulheres e apesar de marginalmente satisfatória, fica muito longe do que poderia ter sido conseguido.


Recomendação: Filme meritório de um visionamento, mas estaria a mentir se não afirmasse sentir-me um pouco desapontado com ele, pois havia aqui potencial para um filme verdadeiramente incrível.

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