sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Green Room


Argumento: Uma banda punk vê-se feita prisioneira de um bando de neo-nazis após um dos seus membros testemunhar um homicídio nas instalações do concerto. A esperança de uma saída sem violência depressa cai por terra, seguindo-se uma luta brutal pela sobrevivência.


Gostei:
- Jeremy Saulnier é para mim um realizador a seguir. O seu Blue Ruin de 2013 foi um dos meus filmes favoritos desse ano, pelo que aguardava com expectativa este seu novo trabalho, a que se aliava as boas referências que o filme foi captando lá fora. É uma confirmação de um talento. Green Room é um tipo de filme bastante diferente do anterior, apesar de ambos serem narrativas de violência incapazes de nos deixarem indiferentes.
- De mencionar um facto curioso. Fui ver este filme com a minha irmã e no final ela disse-se que não gostou do mesmo pois não percebeu a maior parte da história. Confesso que fiquei surpreendido pois não tive qualquer problema em seguir a narrativa. Esta é completamente linear e não existe nada de ambíguo na história, pelo que atribuí o facto dela não ter prestado atenção por qualquer razão. No entanto, após ler alguns comentários sobre este filme na internet, constato que muitos espectadores do filme tiveram a mesma experiência. Mais, constato ainda que alguns elementos do filme me passaram também despercebidos, como por exemplo o título da canção inicial que a banda toca no concerto e razão pela qual algumas linhas de diálogo e acção acontecem (cover da canção dos Dead Kennedys - Punk Nazis Fuck Off). Assim, sugiro que o filme será algo subtil na forma como transmite a informação necessária, e podem contar com várias ocasiões em que inicialmente não perceberão algumas atitudes e acções das personagens, que só mais tarde na narrativa são esclarecidas. Assim, penso que o filme será recompensador proporcionalmente ao nível de atenção que lhe prestamos, e que este terá que ser necessáriamente elevado, e suspeito que um segundo visionamento será mesmo necessário para captar todas as nuances do argumento. 


Não Gostei:
- Imogen Poots. Nunca me convenceu em obras anteriores e mais uma vez não me convence aqui, embora menos mal, porque faz o papel de uma 'stoner', pelo que a incapacidade de desempenho não é tão flagrante. Pessoalmente preferia ter visto a Alia Shawkat com mais peso no filme.
- Ver Anton Yelchin no ecrã após a sua morte inesperada deixa um sabor agridoce. Este será porventura um dos últimos bons trabalhos que veremos do actor.


Recomendação:

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