segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Kon-Tiki



Argumento: Em 1947, o escritor e aventureiro Norueguês Thor Heyerdahl, numa tentativa de provar correcta a sua teoria que a Polinésia teria sido colonizada por nativos sul-americanos e não por asiáticos, decide reconstituir uma dessas hipotéticas viagens, utilizando somente materiais e técnicas de construção indígenas desse tempo pré-colombiano, bem como apenas o vento e as correntes marítimas como meio de propulsão de uma jangada de madeira, um empreendimento considerado por muitos como louco e condenado ao fracasso com resultados possivelmente trágicos.


A verdadeira jangada e os seus loucos tripulantes

Gostei:
- A viagem propriamente dita. Representando aproximadamente metade da duração do filme, ou possivelmente mais, é sem dúvida a alma do mesmo. Repleta de imagens maravilhosas capturadas magnificamente, bem como de sequências tensas muito bem executadas, esta porção da obra consegue transmitir bastante bem a verdadeira dimensão do perigo que esteve associado, mas também da enorme beleza do nosso planeta e um testemunho do indomável espírito humano.
 - Apesar da peça central do filme ser indiscutivelmente a viagem de jangada, apreciei bastante o tempo e esforço dedicado a retratar a personagem principal de Thor, das suas motivações e teorias. Nem sempre funciona ao mesmo nível do restante filme, mas sem ela a história perderia muito do seu valor humano.
- Cinematografia.




Não Gostei:
- Caracterização. Tirando a personagem principal e a do engenheiro, os restantes tripulantes não são muito bem delineados quanto às suas motivações para participarem numa viagem tão perigosa. O filme poderia ter feito bastante melhor a acentuar a individualidade dos 6 tripulantes, não só do ponto de vista psicológico mas também físico. Há mesmo alturas em que se torna difícil distinguir uns dos outros precisamente porque não temos uma imagen clara de cada um como indivíduo. Juro que às vezes a única maneira que tinha de identificar o tripulante Sueco era porque reconhecia a voz do actor Gustaf Skarsgård que faz de Floki na série Vikings.
- O filme falha ao não mencionar no final como é hoje considerada a teoria por detrás desta aventura, do seu valor científico e do impacto que teve ou não sobre a mesma.
- Alguns detalhes de elementos da viagem não são transmitidos de forma muito clara ou encontram-se simplesmente ausentes, como por exemplo o que estava a acontecer aos troncos ou como conseguiram água potável.




Recomendação:


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