quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Passengers


Argumento: A nave espacial Avalon transportando 5000 passageiros na sua viagem de 120 anos para uma nova colónia humana num planeta distante, sofre uma avaria que resulta no acordar prematuro das cápsulas de hibernação dos passageiros, 90 anos antes de atingir o seu destino. 


Gostei:
- Este filme tem sido devastado pela generalidade dos críticos, de tal forma que estive para não ir ver. Mas reparei que o grande problema que eles colocam ao filme têm a ver com uma decisão moralmente errada ou questionável que um dos protagonistas toma em determinado ponto na história. Como vi um dos críticos que respeito mencionar que essa questão até é abordada de forma razoável, decidi arriscar e confesso que gostei do filme. Acho que Passengers acaba por ser vítima do frenesim stressante que varre actualmente os EUA com o politicamente correcto no que respeita às questões de sexo, raça e orientação sexual. Tenho quase a certeza que se os papéis fossem revertidos e a dita decisão fosse tomada por uma protagonista feminina, não teríamos o mesmo tipo de reacção que o filme está a ter da crítica. O filme tem problemas sem dúvida, mas na minha humilde opinião, o facto de um protagonista tomar uma decisão moralmente repreensível não é um deles, muito pelo contrário.
- Valores de produção e design absolutamente fantásticos.





- Boa química entre os dois actores, Chris Pratt e Jennifer Lawrence. Achei-os convincentes em todas as facetas do seu desempenho.
- Michael Sheen como o empregado de bar robótico.
- Direcção sólida do realizador Norueguês Morten Tyldum, o mesmo de Headhunters and Imitation Game. Se tivermos que apontar problemas ao filme, estes são provenientes mais do argumento que da direcção em si.


Não Gostei:
- O trailer é enganador sobre a história do filme, o que não ajuda nada na gestão das expectativas com o mesmo.
- O grande problema de Passengers é o facto de tentar ser muitas coisas ao mesmo tempo, como um drama humano sobre isolamento, um romance, e um disaster movie no espaço. Cada uma das partes funciona bemzinho e poderia ter sido o foco para um filme necessariamente diferente e provavelmente superior. Infelizmente o que obtemos na realidade não consegue casar plenamente todos estes géneros. Mesmo assim reitero que tive prazer no seu visionamento e irei provavelmente voltar a vê-lo no futuro devido aos seus elementos de ficção científica que me são pessoalmente apelativos.
- Alguns erros ou falhas no argumento relativamente a partes técnicas ou lógicas, como por exemplo a forma como a gravidade artificial é tratada na história e a existência de apenas uma cama médica automática na nave não fazem muito sentido, entre outros pequenos detalhes.



Recomendação: Melhor do que estava à espera face às críticas que o filme tem recebido.


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